…com 16 anos fui apresentado a muitas palavras que me desconheciam por completo – oiçamos uma – “Anacoreta” – imaginem o que uma palavra destas pode dizer a um jovem de 16 anos. A cada um “Anacoreta” falará de uma maneira diferente estou certo. Ao jovem que eu era ela nada disse – o que me intrigou. Senti nessa idade o que ainda sinto quando me deparo com uma palavra que desconheço. Desconforto. Só me passa quando finalmente fico a conhecê-la. Com as palavras é fácil: recorre-se ao dicionário, ao melhor possível e ele no-las apresenta. Com as mulheres já não é assim – cruzam-se connosco quase como pelo mesmo acaso com que nos deparamos com palavras nas páginas dos livros – e à primeira leitura acontece o mesmo: fitamos os olhos nelas, lemos-las dos pés à cabeça, sílaba a sílaba e de imediato a vontade de as conhecermos é já a agonia.
Agonia atroz quanto mais sentimos que assim como para o Xadrez a vida é demasiado curta, também o é tanto para as mulheres quanto para as palavras. Mas, e por sê-lo? Serão as palavras e as mulheres as culpadas? Ele … disse a verdade: A vida é demasiado curta para o Xadrez, mas o Xadrez não é o culpado, é a vida!
… agonia esta que se por uma lado passa com o passar do tempo, o mesmo a trás de volta pela mão de outras novas mulheres desconhecidas….
… mas sejamos estóicos para com o sofrimento futuro e incontornável, não diferirá do de hoje, passageiro – estamos assegurados pela certeza palpável quase visível da transitoriedade.
Agonia atroz quanto mais sentimos que assim como para o Xadrez a vida é demasiado curta, também o é tanto para as mulheres quanto para as palavras. Mas, e por sê-lo? Serão as palavras e as mulheres as culpadas? Ele … disse a verdade: A vida é demasiado curta para o Xadrez, mas o Xadrez não é o culpado, é a vida!
… agonia esta que se por uma lado passa com o passar do tempo, o mesmo a trás de volta pela mão de outras novas mulheres desconhecidas….
… mas sejamos estóicos para com o sofrimento futuro e incontornável, não diferirá do de hoje, passageiro – estamos assegurados pela certeza palpável quase visível da transitoriedade.
Caro Sr. Difamador,
ResponderEliminar"...Com as palavras é fácil: recorre-se ao dicionário, ao melhor possível e ele nos as apresenta. Com as mulheres já não é assim..."
Mto perspicaz a observação, mas eu a refinaria, se não o ofende, mas diria "Com as pessoas já não é assim...". Antes de serem mulheres, elas são apenas seres-humanos, cheias d fragilidades, expectativas, hormônios, etc. O q as torna mais complicadas do q as demais pessoas? Por acaso o fato de alguns homens serem pragmáticos demais ao ponto de serem insensíveis aos sentimentos dos seus semelhantes os tornam mais compreensíveis? O fato d uma mulher se preocupar com o cabelo, com as unhas e com o salto alto mesmo estando em profunda tristeza a transforma numa esfinge? Creio q não... O problema consiste em insistir em simplesmente pensar com a mente e não permitir q o coração decifre os sentimentos.
Os melhores sentimentos não são expressos facilmente, as palavras nos traem, os gestos não... as atitudes inconscientes revelam-nos a todo momento e isso é o q diferencia as pessoas especiais das vulgares e não homens e mulheres.
Bem...
A denotação das palavras pode ser explicada pelo dicionário, mas a sua conotação é algo específico da percepção q cada um traz de suas experiências prévias. Compliquei? Talvez sim...
As palavras são reveladas, mas seu sentido pode mudar d acordo com o q temos em mente... assim como "manga" pode ser a parte da blusa ou a fruta... uma mulher mto calada pode ser arrogante ou apenas mto timida... uma mulher mto sorridente pode ser apenas extremamente feliz e não necessariamente uma devassa. Conceitos e pré-conceitos... todos são complicados ou complicamos? Talvez ambos... por isso os melhores sentimentos são universais como diria Olga Prestes... e não há razão, eles simplesmente nascem, mas não simplesmente se vão... os descuidos no caminho podem enfraquecê-los, mas só perece o q permitimos.
"A vida é demasiado curta para o Xadrez, mas o Xadrez não é o culpado, é a vida!" Que maravilha d frase!!! Nesse caso, "Xadrez" não é o jogo, é a própria vida e sua teia d relações... uma metáfora singular, perfeita!! Então vou refazer a frase... como ela se formou na minha mente: "A vida é demasiado curta para a própria vida." Estamos vivendo uma corrida contra o tempo e qdo as coisas parecem não ser mto fáceis, os mais fracos... Sucumbem... para metade dos esforços... metade da recompensa, ou mesmo nada... essa é a regra geral, mesmo sabendo q há exceções... há sempre os afortunados do destino... q quase nada fazem e quase td recebem... mas falemos dos "semi-deuses" outro dia.
Aprendi, há pouco tempo, q só nos conhecemos realmente através das pessoas. Quem mto se define, na realidade está tentando se conhecer... nada é imutável, por isso os relacionamentos são riquezas móveis, pois eles nos mostram o nosso melhor, reações inesperadas, traços da nossa personalidade... td vem à tona, até o q não desejamos. Por isso considero imprescindível um momento d "isolamento" depois d algum relacionamento, para colocar td no lugar... para se preparar para o novo e não cometer os mesmos erros... quem segue pelo mesmo caminho, acaba sempre chegando ao mesmo lugar.
E a maior beleza da vida está na sua brevidade e na sua transitoriedade! Isso serve para valorizarmos os instantes, as pessoas, os nossos sentimentos, contemplarmos a natureza, a beleza física e espiritual d td q nos cerca... a vida e seus mistérios, o amor e os seus desafios. Viver não é uma ilusão é uma chance dada aos corajosos, às pessoas q não temem em rasgar o coração como diria Vinicius... é uma lástimas passar pela vida apenas como um teórico... há tanta vida lá fora... e algumas pessoas ficam presas a velhos conceitos...
Belo texto, mas me deixou profundamente inflamada... teria mto mais a dizer, mas se as minhas palavras me cansam imagino a fadiga causada ao nobre escritor.
Deliberações de um Girassol...
as palavras são ou deveriam ser para um escritor o seu ar, indispensáveis - a fadiga é causa de outras origens... poderei dizer sim o contrário - as suas palavras são um bálsamo - um estimulo nobre!
ResponderEliminarconcordo que o texto prometia mais que está pequeno, na verdade pensei-o muito maior, mas nao houve resistencia da parte do autor que vencesse a fadiga das horas... todavia ele está ainda grávido desse futuro texto por nascer... está tudo aqui (aponto para a testa)