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quarta-feira, 3 de março de 2010

carta de um poeta (escrita na 3ª pessoa)

Venho humildemente dirigir-me a Vª Exª pelas razões seguintes…
tentei esquecê-la mas não o consegui de todo…
fi-lo como penitência pelas minhas faltas e desregramentos
mas não surtiu efeito
e na verdade eu mesmo não merecia afastar-me…
só me resolvi a isso quando notei que me tratou indelicadamente…
sou um artista da palavra e por isso merecia da sua parte mais respeito…
todavia venho à sua presença para que me reconsidere e me subtraia com a sua bondade do número dos renegados…
e que possamos ser amigos e conversarmos como conversamos nos raros momentos que nos aconteceram…
vi-a poucas vezes na minha vida, mas sempre que a vi olhei-a dos pés à cabeça e não existiu fio de cabelo que não lhe notasse…
eu merecia vê-la muito mais vezes mas parece que por uma qualquer lei maquiavélica quanto mais amamos um desejo menos ele se realiza…
pagamos muito caro gostarmos das pessoas…
mas o que me decidiu mesmo escrever-lhe é a quadra que se aproxima e indagar se Vª Exª sabe compadecer-se da dor alheia…

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