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“Julgo que poderia mudar e viver com os animais, são tão plácidos e tão independentes,
Fico a olhar para eles um tempo infinito.
Não se cansam nem se lastimam com a sua situação
Não ficam acordados na escuridão, nem choram os seus pecados,
Não me enfadam com as suas discussões sobre os deveres para com Deus,
Nenhum se sente insatisfeito ou enlouquece com a obsessão de tudo possuir,
Nenhum se ajoelha perante outro, nem perante a sua espécie que viveu há milhares de anos,
Nenhum é respeitável ou infeliz à face da terra.
Assim mostram a relação comigo e eu aceito-os
Trazem-me testemunhos de mim mesmo, mostram claramente que deles são os possuidores.
Pergunto a mim próprio onde obtêm esses testemunhos,
Terei passado por ali em tempos remotos e tê-los-ei perdido por negligência?(…)”
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