Pobre de mim! Oh vida! Os problemas com que me defronto,
Os cortejos sem fim dos incrédulos, as cidades cheias de loucos,
As censuras que faço sempre a mim próprio
(pois quem é mais louco do que eu, e quem é mais incrédulo?),
Os olhos que em vão imploram a luz, os objectivos vis, a luta sempre renovada,
Os miseráveis resultados de tudo,
as sórdidas multidões que vejo arrastarem-se à minha volta,
Os anos vazios e inúteis dos outros, eu que a eles estou abraçado,
A questão, pobre de mim! com que, tão triste, me defronto –
Para que serve tudo isto, pobre de mim, oh vida?
Resposta: Serve para que estejas aqui – a vida e a identidade existem,
O espectáculo intenso prossegue e tu podes contribuir com a poesia.
Às vezes junto de alguém que amo encho-me de raiva,
receoso de derramar amor não correspondido,
Mas agora penso que não há amor não correspondido,
a retribuição está garantida de uma maneira ou doutra.
(Amei um certa pessoa ardentemente e o meu amor não foi correspondido,
Mas, com isso, escrevi estas canções.)
Olá, Alexandre! Agradeço à sua visita ao Tear de Senidos, bem como ao comentário.
ResponderEliminarMuito bom blogue, apesar de estar iniciando. Persista pois é muito bom!
Vi que, como eu, adora Whitman! Maravilhoso, não?
Pretendo em seguida abrir uma página só destinada a Chaplin pois o adoro!
Volte quando desejar!
Bj, Tê!