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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Walt Whitman

Pobre de mim! Oh vida! Os problemas com que me defronto,
Os cortejos sem fim dos incrédulos, as cidades cheias de loucos,
As censuras que faço sempre a mim próprio
(pois quem é mais louco do que eu, e quem é mais incrédulo?),
Os olhos que em vão imploram a luz, os objectivos vis, a luta sempre renovada,
Os miseráveis resultados de tudo,
as sórdidas multidões que vejo arrastarem-se à minha volta,
Os anos vazios e inúteis dos outros, eu que a eles estou abraçado,
A questão, pobre de mim! com que, tão triste, me defronto –
Para que serve tudo isto, pobre de mim, oh vida?
Resposta: Serve para que estejas aqui – a vida e a identidade existem,
O espectáculo intenso prossegue e tu podes contribuir com a poesia.
Às vezes junto de alguém que amo encho-me de raiva,
receoso de derramar amor não correspondido,
Mas agora penso que não há amor não correspondido,
a retribuição está garantida de uma maneira ou doutra.
(Amei um certa pessoa ardentemente e o meu amor não foi correspondido,
Mas, com isso, escrevi estas canções.)

1 comentário:

  1. Olá, Alexandre! Agradeço à sua visita ao Tear de Senidos, bem como ao comentário.
    Muito bom blogue, apesar de estar iniciando. Persista pois é muito bom!
    Vi que, como eu, adora Whitman! Maravilhoso, não?
    Pretendo em seguida abrir uma página só destinada a Chaplin pois o adoro!
    Volte quando desejar!
    Bj, Tê!

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