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quarta-feira, 17 de março de 2010

dias sem música

se o arrependimento matasse, por ter permitido esquecer-me nestes apressados anos da vida adulta de me entregar durante horas à ocupação que mais prazer me proporcionava nos meus tempos de adolescente, falo-vos das horas ligado à musica, já estaria morto. Nesse tempo escutava alto as sinfonias de Beethoven, as aberturas de Rossini, as fugas fantásticas de Bach, e alcançava assim as alturas – o céu sideral não poderia propiciar prazer mais elevado. Era a eternidade! O perfeito esquecimento de todas as verdades absolutas quanto à minha finitude - eu sentia neste mesmo corpo mortal a imortalidade! Sons ritmos e timbres em tão perfeita orquestração que eu pelo poder que tinha das apreciar na totalidade sentia como se o próprio criador daquelas obras fosse.

2 comentários:

  1. Quando li sobre a imortalidade.. Lembrei de "Minha amada imortal.. E de uma das cenas mais lindas que já assisti.. Aquela cena do menino Bethoven flutuando na água ao som de Ode à alegria!
    Não permita que a ausência dessa dádiva continue.. Isso se não mata, faz muito mal a saúde. ;)
    Não existe vida sem música. Sobretudo, música de verdade, essa citada por ti.É essencial!
    Não imagino um único dia meu sem música.
    Márcia Aguiar

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  2. Marcia feliz fico de saber isso, somos nós artistas e consumidores de arte elos de uma corrente espiritual...
    reli o meu texto e mudei um pouco as frases - algumas estavam longas - pode reler e verá que está igual mas diferente...
    beijos para a sua musica
    e para a sua dança olhares

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