Somos todos muito parecidos no que concerne ao valor que damos a nós próprios - pouco - quase sempre racionalizando segundo a apreciação dos outros; temos a grande virtude, ou defeito de não sabermos quem somos, quero dizer de perdermos as nossas referências mais íntimas, quando o nosso coração nos lembra constantemente alguém; deixamos simplesmente de procurarmos o que antes procurávamos, as nossas predilecções, coisas, pessoas; na verdade esquecemo-nos de nós. É certo que o tempo, através dos lancinantes golpes das desilusões, ou da satisfação advinda da realização dos nossos desejos, nos faz retomar ao equilíbrio emocional – então, voltamos a ser outra vez nós, acompanhados ou sós.
Notas tristes... se fosse uma música, assim diria.
ResponderEliminarMas não é... nem a vida é feita apenas de desilusões. A vida exige cuidados só isso.
"o amor não escolhe jardim" escrevi sobre isso, há poucos minutos... não sei, mas tenho a impressão de que completa o seu pensamento, dando uma perspectiva menos obscura.
"...infelizmente não se pode prever quem se vai amar, isso pouparia muitas dores, mas por outro lado, privaria a vida de muitas alegrias..."
Quanto à solidão, insisto na idéia de que não há nada pior do que a solidão acompanhada.
Imprescindível é que não se tema a solidão, a própria companhia e ame-se por descobrir quem de fato é. As pessoas não deveriam "precisar" de uma companhia (não importa a finalidade), elas deveriam "querer"... conceitos... a necessidade escraviza, a vontade liberta... desculpe-me essas horas da noite fico muito reflexiva. Não discordo das suas palavras, apenas gosto de manter as minhas.