na Ásia acordei para a consciência com o pestilento odor quente da vida, o cheiro tingia-me a alma de vermelhos rubros e de castanhos avermelhados da cor da terra. Perto da margem sentia-me molhado pela tonalidade prateada do rio Ganges, e à noite quando escureceu as águas vestiam o luto e velavam agora os mortos - e seus corpos ardiam sobre as jangadas de troncos que flutuavam no dorso das águas. Olhei para o fundo da minha alma e estava igualo ao fundo do rio, aglomerados de momentos desperdiçados, frustrações em várias formas, porcelanas partidas, muita sucata de sentimentos, ódios amargos, esperanças vãs, sonhos calcinados, irrecuperáveis; tudo isto via a uma luz difusa que escurecia a pontos de me enegrecer por demais o espírito.
Senti-me perigar sem o ar da luz. Urgia vir respirar a luz do dia na noite que estendia escura. Assim que para as constelações olhei, imerso da beldade dos céus, sob as estrelas celestes que reluziam brilhantes - por segundos esqueci a fealdade da minha efémera existência...
Adormecera cansado... e ouvia no meu sono - O estrangeiro veio morrer ao Ganges! Mas não, não tinha ido morrer ao Ganges… não havia chegado a hora…
Senti-me perigar sem o ar da luz. Urgia vir respirar a luz do dia na noite que estendia escura. Assim que para as constelações olhei, imerso da beldade dos céus, sob as estrelas celestes que reluziam brilhantes - por segundos esqueci a fealdade da minha efémera existência...
Adormecera cansado... e ouvia no meu sono - O estrangeiro veio morrer ao Ganges! Mas não, não tinha ido morrer ao Ganges… não havia chegado a hora…
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